Node.js: vantagens de usar essa tecnologia na sua empresa

Há alguns anos, um número cada vez maior de empresas têm adotado a plataforma do Node.js como ferramenta auxiliar ou sua principal tecnologia para desenvolver e gerenciar os processos de trabalho. De forma geral, pode-se dizer que Node.js é um ambiente de execução de código JavaScript.
Em um enquadramento mais técnico, pode-se afirmar que Node.js é uma tecnologia que trabalha de forma assíncrona, utilizando uma única thread de execução (como será mostrado mais adiante). Node.js não é uma linguagem de programação, e o que roda por baixo dessa tecnologia é o JavaScript.
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Para esclarecer isso, é necessário mostrar como cada uma destas tecnologias surgiu e como sua disseminação aconteceu, conforme mostramos a seguir.
A origem do JavaScript
ECMAScript, mais conhecido pelo seu nome popular JavaScript, é uma das linguagens de programação mais utilizadas no mundo. Surgiu há mais de 23 anos, em 4 de dezembro de 1995, com o objetivo de ser uma linguagem simples que pudesse ser executada em navegadores, permitindo realizar interações com o usuário, sem a necessidade de passar pelo servidor.
Com o advento da tecnologia e com o aumento da performance dos dispositivos, o JavaScript foi ganhando cada vez mais espaço no desenvolvimento de aplicações web, consolidando-se como uma linguagem simples e altamente dinâmica, tornando-se indispensável no desenvolvimento web.
A origem do Node.js
O Node.js, criado em 27 de maio de 2009, foi sem dúvidas um marco na história do JavaScript. Ele trouxe a possibilidade de executar o mesmo código utilizado no desenvolvimento de aplicações web também em servidores. O Node é um projeto totalmente open source que foi adotado pela comunidade, uma das mais participativas do meio, contando com mais de 2.300 contribuidores ao redor do mundo. Hoje existem versões do Node para os mais diversos sistemas operacionais, sendo os mais conhecidos as distribuições do Windows, Mac e Linux.
Já é possível executar o Node.js em dispositivos embarcados utilizando placas como o TESSEL.JS e o Arduino, sendo uma opção viável para projetos de IOT (Internet das Coisas), automatização de casas, entre outros usos.
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Desempenho, custo-benefício e a alta disponibilidade do Node.js
Como já citado, o Node se diferencia por sua arquitetura ser single-threaded não bloqueante, ou seja, utilizando um único núcleo de processamento consegue atender múltiplas requisições e realiza isso através de operações assíncronas.
Na prática, quando realizamos uma chamada a um servidor convencional (com arquitetura multi-thread), é criado e reservado uma thread de processamento única para realizar a operação solicitada.
Se estivermos buscando algum dado do banco de dados por exemplo, a thread ficará sendo ocupada enquanto os dados não forem encontrados e retornados. Nesses casos, cada nova solicitação ao servidor necessita aguardar a finalização da requisição anterior ou a criação de uma nova thread, o que consome cada vez mais recursos de hardware.
Ao utilizar o Node.js, é possível atender múltiplas requisições de forma simultâneas com um baixo consumo de hardware porque ele não aguarda o fim de uma solicitação para atender as demais.
Quando solicitamos um dado do banco de dados, esse pedido é feito de forma assíncrona, uma parte do código aguarda o retorno do banco de dados para ser executado, enquanto o restante do código segue em execução.
Esta vantagem, quando comparada ao sistema tradicional de multi-threaded, garante um ganho de performance expressivo, principalmente quando se trata de uma plataforma que consome grande quantidade de requisições.
Outras vantagens do Node.js
1 – Simplicidade
Você pode criar um novo projeto, instalar dependências e executar o projeto com apenas uma linha de comando para cada.
2 – Hospedagem
Hoje contamos com compatibilidades em diversos serviços para hospedar nossos projetos em Node.js, dos mais simples às mais sofisticadas estruturas. Entre elas estão: Amazon, Azure(Microsoft), Google Cloud, Heroku, Digital Ocean, Umbler.
3 – Escalabilidade e microsserviços
Devido à simplicidade de criação de servidores em Node.js, ele se torna uma excelente opção para criar microsserviços, ou seja, pequenas partes de uma mesma aplicação que trabalham de forma independente, mas que podem se comunicar.
A arquitetura de microsserviços em Node é ideal para os casos em que temos uma alta complexidade na aplicação e precisamos da alta disponibilidade de alguns serviços. Neste caso, se fizermos uso de uma ferramenta como o Docker, podemos escalar nossa aplicação, tanto aumentando o hardware disponível, ou aumentando a quantidade de instâncias daqueles serviços que estão sendo mais utilizados.
Falando de Node.js e escalabilidade, vale a pena citar a empresa Umbler, uma empresa nacional de hospedagem que disponibiliza ambientes para Node a preços acessíveis, integrado com ferramentas Git e faz uso o do Docker para escalar as aplicações com uma interface intuitiva e amigável.
4 – Comunidade e gerenciador de pacotes
Não podemos falar do Node.js sem falar do NPM, seu gerenciador de pacotes que afirma possuir a maior coleção do mundo de código reutilizável e que contém mais de 800.000 pacotes gratuitos. Isso tudo graças à comunidade JavaScript, uma das maiores e mais engajadas comunidades de desenvolvimento.
Neste cenário, diariamente surgem novos pacotes open source que podem ser usado por todos, desde bibliotecas que vão trabalhar com imagens, funcionalidades para validar CPF ou outras criadas conforme as necessidade de se ter algo que ainda não exista. Normalmente, todos os códigos criados neste sistema aberto são disponibilizados para a comunidade, para que possa contribuir com o projeto e também se utilizar dele.
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Tendências do Node.js e do JavaScript
O Node.js e a linguagem Javascript são tecnologias que passam por constantes melhorias e novas implementações. Além disso, estão se popularizando cada vez mais no Brasil, como podemos ver durante eventos como o BrazilJs, que acontece anualmente e é considerado o maior do mundo nesta área.
Sobre a linguagem JavaScript, podemos dizer que hoje ela está presente tanto no front-end quanto no back-end, mas também já é possível utilizá-la para desenvolver aplicações mobiles nativas para multiplataformas através da ferramenta React Native, desenvolvida e mantida de forma gratuita pela empresa Facebook.
Fazer uso de tal tecnologia representa muitas vezes uma economia de até 50% para empresas que precisam de um mesmo sistema app para Android e iOS.
Olhando para o cenário atual, para os investimentos e engajamento das empresas e dos desenvolvedores, o mercado dessas tecnologias continua mostrando tendências de crescimento para os próximos anos.
*Artigo escrito por Allister Ramos, desenvolvedor/programador full stack na Kbase