Desde que me conheço por gente, a falta de profissionais de Tecnologia da Informação sempre esteve nos holofotes e manchetes das publicações especializadas em carreira. Esse problema agrava-se com o passar dos anos e a dificuldade que as ciências exatas têm em formar novos profissionais neste nicho. Por isso, também está entre os principais desafios para TI.
Isso vem gerando fatos interessantes, como em meados de 2010, quando alguns veículos especializados começaram a cravar um “apagão de mão de obra de TI”.
Em momentos de mercado menos aquecido, como no período de 2015 a 2018 (onde estivemos em uma fase de recessão oficial), o impacto deste problema é menor. É um período onde os profissionais se aventuram menos, de alguma forma buscam segurança e, consequentemente, trocam menos de emprego.
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No entanto, com o reaquecimento econômico, as empresas tendem a sentir muito mais esse tipo de problema. Pois a famosa dança das cadeiras volta a acontecer. Confesso que esse início de 2019 têm se mostrado extremamente aquecido. Muitas empresas à procura de profissionais qualificados para participarem de suas equipes, projetos muito complexos necessitando de pessoas com muita experiência. De contrapartida, muitos profissionais valorizados e muita competição para a mão de obra. Profissionais que realmente podem fazer a diferença para o negócio são cada vez mais disputados!
Mas como podemos evitar esse tipo de problema? A minha experiência diz que evitar é um objetivo muito complexo de ser conquistado. O que temos de fazer é trabalhar na redução de danos. Por isso, separei alguns dos principais desafios que os gerentes e diretores de TI encontrarão a partir segundo trimestre deste ano.
Conheça os principais desafios para TI para o próximo período
1. Gestão de equipe
Contratar, gerir, realizar feedback, treinamentos, capacitações, ufa! As equipes cada vez demandam mais e mais para estarem satisfeitas nos seus ambientes de trabalho. E tudo gera uma carga grande de gestão de pessoas também aos gestores de TI. Além do planejamento constante para poder aliar isso às novidades e tendências do mercado e ainda disponibilidade para entregar resultados à organização.
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O que de fato sua equipe está entregando de valor para empresa? Porque, a menos que a tecnologia seja o seu diferencial estratégico, a equipe de TI tem como principal função ajudar as unidades que geram negócios da empresa a fazerem cada vez mais e melhor com menos custo.
Existe um consenso no mercado de que a equipe inerna de TI deve focar nas atividades do core business. Assim, deixam para parceiros estratégicos as atividades que, de alguma forma, são comuns a inúmeras empresas ou exigem conhecimentos técnicos muito específicos, como no caso dos programadores.
2. Rotatividade
Como falei no início desta conversa, com o aquecimento do mercado se torna quase impossível que pessoas de sua equipe não sejam convidadas a participar de processos seletivos e se integrar a outras empresas. Por isso, a retenção de profissionais se torna uma missão bem complexa de administrar.
Gerir uma equipe de TI pode ser uma tarefa muito delicada. Ainda mais quando se trata de empresas de grande porte, onde as visões estratégicas da diretoria não alcançam as equipes que executam as atividades. Assim, este é o momento de se dar grande importância para o endomarketing e incluir as equipes nos processos decisórios. Fazer com que entendam onde a empresa quer chegar gera um senso de pertencimento e propósito. E, acredite, isso pode pesar mais do que efetivamente o salário.
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3. Desenvolvimento de parcerias
Com alta rotatividade e projetos precisando ser entregues cada vez mais rápidos e com eficácia, uma boa saída é desenvolver fornecedores. No entanto, sabemos que alguns pontos serão questionados neste momento, como distância e falta de entendimento do clima organizacional. Ou mesmo a compreensão da cultura de sua empresa e a velocidade das entregas. Tudo isso é necessário para que as equipes possam criar a sinergia e fazer entregas constantes de valor.
Nesse contexto, separe bem o que é estratégico e o que é necessário. Estratégico deve sempre estar em poder da empresa. Necessário é o que se precisa para desenvolver o estratégico e pode ser feito com parceiros.
Uma boa saída pode ser alocar a equipe internamente ou então utilizar momentos pontuais presenciais entre as equipes. Estes momentos podem ser cerimônias de planejamento de backlog e apresentações de revisões das entregas combinadas para o período determinado. Esse tipo de envolvimento torna as equipes interna e externa mais energizadas e produtivas.
Com todos esses desafios, fico à disposição para conversarmos sobre como posso ajudar. É só me enviar uma mensagem por aqui.
*Michael Tatsch, sócio-diretor da Kbase.